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T.O.D e as cidades de 15 minutos

Não é de hoje que os problemas enfrentados pelo trânsito nas cidades impacta a vida de milhares de pessoas diariamente. Essa realidade já é vivida, principalmente em grandes metrópoles de todo o mundo, desde que a cultura de ter automóvel foi conectada com status social e liberdade. A partir de então, grande parte da população passou a ter o sonho de ter um carro, e as cidades passaram a ver a movimentação de veículos, trafegando apenas com um cidadão, ter um aumento vertiginoso. Infelizmente as soluções de ampliar rodovias e faixas surgiam ineficazmente e o tempo de percurso aumentava, junto com a poluição, reduzindo a produtividade e o bem-estar da população.



Todo este cenário caótico serviu para a concepção, no final da década de 1990, do T.O.D Transit Oriented Development, ou Desenvolvimento Orientado ao Transporte, em português. Este conceito sintetiza uma forma de se planejar a cidade considerando fatores como:

  • Caminhabilidade: capacidade de se executar com facilidade o ato de caminhar, de prover a circulação de pedestres;

  • Acessibilidade: capacidade de se prover o acesso entre um ponto e outros, sejam estes pontos de acesso aos meios de transporte, sejam pontos da cidade como um todo (áreas recreativas, postos de trabalho, centros comerciais etc);

  • Mobilidade: capacidade de se prover deslocamento, sejam pessoas, cargas, serviços etc; e

  • Sustentabilidade: capacidade de sustentação ou conservação de recursos , de forma a não comprometer o futuro de gerações vindouras.

Destaca-se que os fatores anteriormente apresentados foram explicados em sua concepção mais básica, existindo inúmeras outras conceituações mais completas e complexas, no entanto todas contemplam, em essência, a abordagem apresentada, sendo estas suficientes para o momento.


Em resumo, planejar uma cidade pelas diretrizes do T.O.D significa priorizar o adensamento urbano, facilitar o transporte ativo, centralizar o planejamento urbano no transporte coletivo, e construir bairros e vizinhanças de uso misto, considerando tanto áreas residenciais, quanto comerciais próximas entre si.


Com estas ações, o desestímulo ao uso do automóvel aparece mais naturalmente, pois o acesso ao deslocamento por outros meios mais sustentáveis de transporte é incentivado. E esta prática já é observada no mundo em diferentes cidades, e vem se intensificando e aprimorando, com novos conceitos complementares, como o caso do P.O.D Pedestrian Oriented Development, ou Desenvolvimento Orientado ao Pedestre, em português. Esta nova abordagem é a diretriz da concepção de cidades de 15 minutos, onde tudo pode ser acessado por volta de 15min à pé, de bicicleta ou de transporte público.


Complementarmente ao T.O.D, as cidades de 15 minutos, baseadas no P.O.D, trabalham mais o senso de comunidade local, focando ainda mais no transporte ativo e sendo mais rápido de implantar em um curto espaço de tempo, uma vez que o T.O.D essencialmente concentra-se em ter um corredor de transporte por ônibus ou trem, como hub de mobilidade, o que demanda maiores investimentos.





Ao pensar em desenvolvimento local, com maior qualidade de vida, bem-estar social, incentivo a deslocamentos curtos, transporte ativo (caminhada e bicicleta, principalmente), maior acessibilidade à cidade e estímulo ao uso do transporte coletivo para cobrir maiores distâncias, facilmente a imagem do "novo normal" pode vir à cabeça. Afinal, no último ano o que foi observado foi exatamente o movimento de redução de deslocamentos por carro e priorização das pessoas em relação ao tempo que elas gastam, evitando desperdício, como é o caso do tempo perdido em trânsito.


Desta forma, cidades que utilizem T.O.D, P.O.D e tenham um plano para aplicação do conceito de 15 minutos, como Paris na Europa, algumas cidades dos EUA e Canadá, por exemplo, podem sair na frente na corrida pelo alinhamento entre o que a cidade oferece e o que seus cidadãos anseiam dela.


E não há nada mais aderente ao novo olhar urbanístico que serviços de transporte sob demanda, principalmente coletivos e que possam ser facilmente agendados com antecedência pelo celular. Estas soluções unem praticidade, sustentabilidade, ampliam a acessibilidade e promovem conexões rápidas e seguras entre os cidadãos e a cidade em que vivem.




Por isso a On.I-Bus tem soluções de Mobilidade sob Demanda Coletiva. Afinal, em um mundo carente por tempo, não ter que sair às pressas e se preocupar com trânsito, segurança, horário ou estacionamento e ainda poder aproveitar um pouco mais aquele café da manhã em família ou dar uma última revisada naquele relatório antes da reunião, faz toda a diferença!







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